Demorou mas chegou hahahhaa
CRÉDITOS : ROBERTA LOPES (eu)
Espero que tenham gostado !
Beijinhus.....
No dia seguinte, logo cedo, partimos para a Inglaterra.
Depois que arrumei meus pertences nas malas, encontrei Helena já do lado de
fora do Hotel em que ficamos. A princesa me aguardava conversando com Paul
encostado no carro real.
Assim que me viu com as mãos abarrotadas de bolsas, Paul se
ofereceu prontamente para guardar minhas
coisas na mala do carro enquanto eu me aproximava de Helena.
- Está pronta? – Perguntou-me minha amiga.
- Sim, não há mais nada a fazer aqui... – Respondi.
Helena me abraçou brevemente e antes que eu entrasse no
carro deu um selinho em Paul que ficou com uma expressão bem desconfortável no
rosto corando imediatamente, talvez porque eu estivesse lá presenciando esse
momento.
- Não se preocupe, ela sabe. – Disse Helena tentando
despreocupá-lo.
- Me perdoe Senhorita.... Eu nem sei o que dizer... – Paul estava
realmente temeroso.
- Acalme-se Paul, o relacionamento de vocês não me incomoda...
Ninguém saberá por mim, lhe garanto. – Falei sorrindo, nesse momento Paul
parecia estar mais conformado. Era um grande progresso, pelo menos agora ele
demonstrava confiança em mim. E entrei no carro para irmos.
A viagem foi muito tranquila. Enquanto voávamos naquela pomposa
aeronave, pensei em como minha querida mãe estaria naquele momento. Milhares de
interrogações assombravam minha mente e eu simplesmente rogava à Deus que eu
pudesse ouvir sua voz mais uma vez, nem que fosse para me dar broncas como
quando eu era criança.... Também não conseguia parar de pensar em Jason, meu
peito apertava de saudades dele.
Era engraçado, eu o conheci tão repentinamente e em
pouquíssimo tempo entretanto, mesmo assim, me sentia melhor com ele do que com
qualquer um. Deitada na cadeira do avião, fechei os olhos e lembrei-me de seu
cheiro próprio... De sua respiração, sua voz.... Seu braço me envolvendo quando
eu precisava de proteção. “Será que isso
é amor?” pensei comigo mesma. Se era amor de verdade, porque era tão difícil vive-lo
em paz? Com Kendall sempre bisbilhotando minhas ações, uma hora ele
descobriria. E mesmo que isso ocorresse um dia, eu não poderia saber se Jason
sentia o mesmo que eu em relação à nós, ora ele era um rapaz fantástico mas
também, extremamente enigmático.
Muitos questionamentos.... Poucas respostas.
Fiquei tão entretida em meus devaneios que nem notei que o
avião já estava para aterrissar. Apertei os cintos – eu odiava sentir a velocidade
das rodinhas do avião em velocidade máxima ao tocar o chão. Era como se eu
visse a morte bem perto, aumentando a influência de sua existência afinal. –
enfim parou.
Ao descer do meio de transporte aéreo monstruosamente
grande, Paul já nos aguardava com um carro dos Drechsler. – Paul havia ido em
outra aeronave da classe econômica portanto chegou antes de nós no aeroporto inglês.
– Entramos eu e Helena, que sentou ao meu lado toda a viagem.
- Acho que Paul se chateou por ter ficado sem seu beijinho
agora. – Comentei em tom de riso para Helena enquanto estávamos no carro. Ela
sorriu de volta.
- Aqui não podemos ficar tão “a vontade” Ash, todos da
Inglaterra nos conhecem... – Disse enquanto o sorriso de seu rosto se convertia
gradativamente em uma expressão séria.
- Você o ama? – Perguntei no mesmo tom sério de sua face.
- Com certeza... Com Paul não preciso me prender a etiquetas
e nem a impressionar algum rico esnobe. Ele é demais... – Disse ela super
satisfeita. – Mas.... – A princesa parou de repente hesitando em continuar.
- Você teme que seu pai descubra, não é? – Deduzi.
- Também, mas não é só isso... Papai me tem como a
princesinha que ele criou quando criança e com certeza planeja que eu me case
com algum líder nacional influente. Não quero desapontá-lo e além do mais, se
Kendall descobrisse iria se vingar de mim por ajudar você. – Parece que viver o
amor de verdade em paz, não era só um problema para mim.
- Mas seu pai te ama muito, e como todo pai só quer ver você
feliz. Acho que se você tentasse explicar, ele entenderia. Rei Harryson não
parece ser do tipo “tirano”. – Tentei ajuda-la.
- Seu pai também é assim Ash? – Perguntou.
- Há muito tempo não sei do meu pai.... – Foi tudo o que eu
tinha a dizer no momento. Ela respeitou e não insistiu mais no assunto sobre meu
pai.
- Bem, com certeza nenhum Rei tirano chama sua nora de
Gazela... – Rimos com a piadinha de Helena. Realmente, ele não fazia o tipo
tirano como seu filho. Pena que alguém tão cruel como Kendall assumiria o
trono. Gostaria muito mais que Helena assumisse, mesmo sendo mulher – o que era
terminantemente proibido na legislação real de praticamente todos os países.
Uma grande futilidade particularmente falando... Todos sabem que mulheres são
melhores nos aspectos emocionais do povo.... Mas Enfim, gostaria muito que
alguém mudasse esse costume machista ridículo. – ela daria uma excelente rainha
para a Inglaterra.
Enfim, chegamos à mansão Drechsler. Aquele lugar nunca foi
familiar para mim, mesmo já estando lá há quase 6 meses, parecia que eu havia
chegado ontem. Não que os funcionários ou os anfitriões não me tratassem bem
(exceto Kendall, claro.) – ou que eu não fosse acostumada à viver bem. – mas, sentia
falta de casa, de Tereza e ... Da minha mãe.
Minha criada carregou minhas malas até meus aposentos no
palácio me deixando á vontade para procurar Kendall. Precisava falar com ele sobre
o paradeiro da minha mãe.
- Helena, sabe onde Kendall pode estar? – Perguntei.
- Não sei nem se ele já chegou Ash... Mas sugiro que procure
na sala de esgrima, ele pode estar lá. – Sugeriu ela. – Cuidado! - Decidi ouvir e fui até a sala de
esgrima.
Ao chegar lá, Kendall estava treinando sozinho... Achei
estranho, normalmente sempre existe alguém do sexo feminino próximo à ele, lhe
fazendo algum tipo de “companhia”.
- Podemos conversar? – Interrompi o mais sutilmente que
pude. Ele não notou minha presença quando entrei então, se assustou com minha
voz ecoando no espaço.
- O que você quer? – Indagou-me, grosso como sempre.
Respirei para me acalmar, a presença de Kendall me
intimidava de certa forma. Precisei me sentar em um dos bancos do salão.
- Bem, já que sua pergunta foi bem direta irei ao que
interessa. Sei que você está com minha mãe Kendall... – Afirmei.
- Eu? Não meu amor, a Inglaterra está com ela... – Disse ele.
Não entendia, minha mãe havia cometido algum crime?
- Por quê? Sob que acusação? –Indaguei atordoada..
- Mas que filha desnaturada... Você não lê as
correspondências que sua mãe lhe envia? – Disse Kendall pegando um bolo de
correspondências de uma sacola que ele levava sua roupa de treino.
- Eu não recebo nada dela há meses... E ... – De repente, vi
escrito na frente das correspondências meu nome como destinatário em todas
elas. – O que você fez Kendall? – Eu não sabia se chorava ou encarava aquela
cara cínica na minha frente.
- Opa! Desculpa, acho que me esqueci de entrega-las à você. –
Disse ele jogando as cartas em cima de mim. – Peça a Paul que lhe leve até sua
mãe e pergunte a ela mesma sob que acusação ela está trancafiada numa das
masmorras mais sujas daqui. – Foram as últimas palavras daquele crápula antes
de sair.
Não consegui suplicar para que ele ficasse e me dissesse
mais alguma coisa. Estava anestesiada de tanta coisa que estava acontecendo
comigo, com minha família... Tudo assim de uma vez. Nem chorar eu era capaz...
Decidi ir ver a única pessoa que me ajudaria nesse
momento... Jason White.
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Beijinhusss...