Mais um o////
CRÉDITOS: ROBERTA LOPES (eu)
Espero que tenham gostado...
Beijinhus.....
Aproveitei que Kendall já havia se retirado e corri – talvez
um pouco afoita demais – para o porão na esperança que Jason estivesse lá.
Abri a porta e entrei.
- Jason? Está aí? – Perguntei... Por favor esteja.
Fiquei esperando uns dez minutos quando ouvi ruídos atrás de
caixas próximas a mim.
- Jason? É você?
Nada... Era só um objeto que tinha caído, provavelmente
estava apoiado em falso. Esperei mais cinco minutos e nada dele.
Decidi sair do porão e pela primeira vez na vida fazer o que
Kendall disse. Chamei Paul e pedi que me levasse até minha mãe.
[...]
Ela estava lá, jogada em uma cela fria, escura e suja. Mamãe
estava sentada no chão de cabeça baixa e o rosto regado a lágrimas com os
cabelos loiros em desalinho completo. – Mamãe era muito vaidosa com sua
aparência para estar daquela forma. O que de tão grave ela fez? – Assim que me
reconheceu ela se levantou correndo para as frestas das grades que a
aprisionavam.
- Ashley querida! – Suplicou me chamando.
Corri ao seu encontro sem hesitar, mesmo com barras
estreitas de ferro nos separando fisicamente.
- Mamãe! O que aconteceu? Por quê está aí? – Eu precisava de
respostas para ajuda-la.
- Fui condenada por crime à coroa Inglesa. – Não pode ser, a
maioria dos crimes contra a coroa implicavam na pena capital.
- Calma mamãe, vou tirar você daqui eu prometo. Mas preciso
saber o que a senhora fez... – Disse eu em completo desespero. De repente mamãe
olhou fixamente em meus olhos e afagou minhas bochechas...
- Minha filha, eu sei o que aquele Príncipe tentou fazer com
você, sei das ameaças e do filho dele com a recepcionista de Paris....Te mandei
várias cartas para lhe avisar mas você não me retornou nenhuma delas. – Disse mamãe.
- Desculpe eu não recebi nenhuma delas. Kendall escondeu
todas de mim, eu devia ter notado que ele estava por trás disso mamãe. – Disse quase
chorando pedindo colo naquele momento tão difícil.
- Querida, seja
forte. Você é linda, meu tesouro e minha única filha... Não gostaria que você
fosse infeliz em seu casamento como eu fui. Quero que você seja feliz com
alguém que lhe ame de verdade. – Ela inspirou forte, deixando algumas lágrimas
rolarem involuntariamente antes de prosseguir. – Por isso eu entrei em juízo e
pedi a anulação do contrato que lhe prende a esse ordinário, mas ele descobriu
tudo antes que eu pudesse lhe comunicar e me trouxe aqui.
- Mas.... Deve haver algum jeito de... Já sei mamãe, posso
falar com Rei Harryson, a Princesa... Eles podem ajudar, não são como Kendall. –
Tentei reconforta-la e a mim também de certa forma.
Minha mãe não disse nada. Absolutamente nada. Não expressou
alegria quando disse que podia tentar apelar e também não demonstrou descrença
em minhas tentativas de tira-la da prisão. Simplesmente beijou a parte
descoberta de minha testa e soltou um “eu te amo” fraco mas convicto em
seguida, se afastou das grades e se sentou na mesma posição que estava quando a
encontrei.
Não proferi nada e simplesmente me retirei indo atrás do Rei
Harryson quando avisto Paul vindo rapidamente em minha direção.
- Senhorita Ashley, o Rei pediu para encontra-lo no salão
principal, por favor. Ele disse que era urgente. – Disse Paul.
Acenei afirmativamente com a cabeça e segui Paul até o salão
principal, ao chegar vi Helena, Kendall e o Rei Harryson III com aparência
muito triste.
- Obrigado, Paul. – Disse o Rei pedindo sutilmente para que
Paul se retirasse. – Convoquei vocês para esta reunião de família porque
tivemos um caso de crime contra a coroa e sei que a acusada é mãe de Ashley
Broullette. – Disse o Rei com cautela. – Então gostaria de propor uma pequena
redução na gradatividade da pena.
- O que sugere papai? – Perguntou Helena.
- Bem, sei que é difícil para Ashley entender mas podemos
aplicar o açoitamento... É utilizado para crimes leves aqui. Claro se ela
estiver de acordo.
Quando abri minha boca para expressar minha opinião, Kendall
me interrompeu prontamente.
- NÃO PAI! Isso é totalmente injusto... A mulher pediu a
anulação de nosso contrato irrefutável por que está se sentindo sozinha sem a
filha. Ela merece ser morta, como seu súditos reagiriam se você não impusesse
sua autoridade como Rei? – Que canalha!
- Majestade! Por favor, é minha mãe... No momento é a única
família que tenho... Rogo por misericórdia, ela só me ama e me quer por
perto... – Eu tinha que dizer alguma coisa.
- Pai, já matamos muitas mães por causa de guerras civis, o
que é mais uma? – Indagou Kendall. Nessa hora o encarei com um olhar gangster,
eu estava prestes a avançar no pescoço daquele crápula nojento... Creio que até
Helena se assustou com meu olhar fuzilador.
- Já chega Kendall! Eu sou o Rei, cale-se. – Cortou o Rei.
Ainda bem não aguentava mais ouvir a voz daquele imbecil.
- Desculpe, é que o povo deve lhe respeitar como Rei pai, o
que mamãe iria pensar se estivesse viva? – Retrucou Kendall.
- Sua mãe era doce e tinha um coração puro... Coisa que
infelizmente você não parece ter herdado dela. – Disse o Rei.
- Sim, tão pura e doce que, mesmo assim você ainda teve
coragem de traí-la.... Acha que não sei? – Replicou o Príncipe imbecil. Até o
pai ele tinha como chantagear...
- Kendall! Isso era segredo de família seu imbecil! –
Reclamou Helena, intervindo na briga dos dois. Que legal, a vida da minha mãe
estava envolvida num drama real familiar e eu não podia fazer nada a não ser
esperar que eles se resolvessem e não matassem minha mãe.
- Se papai não punir a criminosa isso não será mais segredo.
– Ameaçou Kendall. O Rei pareceu estar realmente de mãos atadas.... Não é
possível, minha mãe não iria morrer por causa de um adultério contra alguém que
já nem existia mais.
- Papai, o senhor não vai ceder à essas ameaças ridículas
não é? Mamãe já morreu, deixe que ele conte o que quiser, não vai influenciar
no seu governo! – Disse Helena enquanto eu estava me revirando em náuseas.
- Não é tão simples assim Helena!.... – Disse o Rei que
falou mais algumas coisas porém, senti meu corpo tremulo e não ouvi mais nada.
Vi quando Helena me segurou chamando guardas me levarem até a enfermaria.
Apaguei.
[...]
Acordei de supetão.
- Onde está minha mãe, Helena? – Disse me levantando e um
pouco zonza.
- Calma Ash, você ficou desmaiada por duas horas... Ela está
bem. – Disse Helena.
- Mas... o que seu pai decidiu? O que vão fazer com ela....
Me diga Helena antes que eu tenha um infarto agora mesmo!
Espero que tenham gostado...
Beijinhus.....
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Beijinhusss...