Como prometido , cap 26 ;)
CRÉDITOS: ROBERTA LOPES (eu)
Espero que tenham gostado.,....
Beijinhus....
- Tome um pouco de água Judie, vai ajudar a se acalmar... – Consegui
no bebedouro que se localizava num cantinho perto da porta de saída da sala e ofereci
educadamente para mulher que se encontrava aos prantos em minha frente. Ela
aceitou sem hesitar, parecia que estávamos nos entendendo melhor afinal.
Ela bebeu o copo apreensivamente e, logo em seguida enxugou
as lágrimas com um lenço que carregava no bolso da calça de seu uniforme. Ao
parar de chorar ela começou.
- O nome dele é Willian, tem 2 anos. Mora comigo aqui em
Paris, eu não ganho de forma abundante mas consigo nos sustentar.... – Disse ela
se esforçando para que as lágrimas não voltassem em seus olhos.
- Mas, como isso aconteceu? – Perguntei, eu precisava saber.
- Há dois anos atrás, Kendall veio para uma viagem de
negócios em Paris e se hospedou aqui, no Saint- Germain. Então nos
conhecemos... Ele tinha uma lábia muito boa e eu, mesmo sendo mais velha, me
deixei levar por seu peito estufado da nobreza. – Uau, Kendall conseguia
enganar até mulheres experientes, estou perplexa. – Mas, o inesperado aconteceu
e eu fiquei grávida. Ele não quis assumir Will então, me deu um cheque com uma
quantia em dinheiro em troca do meu silêncio....
- Entendi mas, porque ele está ameaçando o próprio filho? –
Fiquei intrigada... Eu sabia que Kendall Drechsler era mal mas, ameaçar o filho
era demais até para ele.
- Não exatamente meu filho... Eu sou casada senhorita Ashley
e amo meu marido. Sei que Kendall jamais assumiria um bastardo e meu marido ama
Will. Ele não pode saber que o traí, e o pior... Que Willian não é filho dele. -
Disse-me desesperada. Kendall era pior do que pensava...
- Desculpe... Eu não quero lhe julgar mas... Se você o amava
porquê o traiu? – Essa hora, minhas palavras soaram melindrosas, eu realmente
hesitei e pensei que ela fosse se ofender.
- Ás vezes nós precisamos cometer certos erros na vida para
darmos valor ao que realmente importa. Não que isso justifique o que fiz mas,
tudo que passamos e fazemos, sempre nos ensina uma lição ao final. Cabe-nos não
cometermos os mesmos erros mais... – De repente, minha mente me levou a James
C. Broullette e comecei a considerar a possibilidade de saber como estava sua
vida algum dia.... Talvez depois de achar mamãe, quem sabe...
- Não se preocupe, deve ter sido muito difícil para você.
Ele não vai fazer nada contra seu filho ou sua família, dou minha palavra. – Garanti à moça que me agradeceu com um
abraço.
- É uma pena que você não se tornará a futura Rainha de
Londres, seria ótima com o povo. – Sussurrou enquanto me soltava do abraço de
agradecimento. Simplesmente, sorri. Eu sabia que seu comentário tinha uma boa
intenção mas, sinceramente, eu preferia permanecer na minha casta – ou até uma
mais baixa – do que me tornar Rainha ao lado de Kendall. – Senhorita, eu o ouvi
conversando com um guarda.... Disse para levar a mulher da foto até as
masmorras do palácio Drechsler, provavelmente é onde sua mãe está. Boa sorte e
espero que a encontre...
Meu Deus! Ele prendeu minha mãe....
- Puxa vida! Muito obrigada mesmo Judie, vou proteger sua
família custe o que custar eu prometo... – Disse me retirando da sala dos
funcionários rapidamente. – Ah! E se seu marido lhe ama, ele vai te perdoar...
Não é bom conduzir um relacionamento baseado em mentiras. – Ela sorriu e
finalmente eu saí.
Andei discretamente pelas escadas e calcei meus saltos de
volta. A moça que cobria o turno de Judie já estava na mesa atendendo
telefones, tão concentrada que nem notou quando abri a porta giratória e saí.
Fui até o hotel em que estava hospedada e bati na porta do
quarto de Helena. Ninguém respondeu porém a porta estava aberta. “Se ela
estivesse, a porta estaria trancada...” Pensei. Abri e entrei.
Ao adentrar no quarto da princesa, ouvi uns gemidos
esquisitos... Uma dor no coração tomou conta de mim e temi por Helena, minha
amiga e a única pessoa que eu amava que era presente, efetivamente na minha vida.
Kendall poderia ter descoberto que estávamos lá, ele tinha olhos em todos os
lugares e sabia, desde o início que Helena me ajudava. Ele podia ter mandado
alguém fazer mal a Princesa para me deixar sozinha. Peguei um banquinho perto
da cama para me servir de arma. – Era ridículo mas foi a primeira coisa pontuda
que vi na frente. – e me aproximei
devagar do closet, de onde vinha o barulho.
Inspirei e expirei várias vezes para ter coragem e
finalmente abri a porta.
- Solta a minha amiga AGORA! - Gritei levantando o banco com as duas mãos,
preparada para enterra-lo em quem quer que fosse quando vi Paul pedindo para
que eu abaixasse a “arma”.
- Ele não está me fazendo mal, Ash... – Disse Helena puxando
o vestido, se desvencilhando do corpo seminu de Paul e alisando seu rosto,
enquanto o pobre guarda me olhava ainda em pânico. Percebi que não havia o que
temer e soltei o banquinho.
- Desculpem, eu não quis atrapalhar.... Achei que Helena
estava correndo perigo... Eu .... – Comecei a corar. Acho que eu estava ficando
perturbada de certa forma, com todos que amo indo embora.
Depois que se recompôs Helena me abraçou. Pareceu ter notado
meu rosto confuso.
- Não se preocupe querida... – Disse enquanto me abraçava. –
Você não vai me perder.
Ao ouvir essas palavras, desabei em lágrimas. Eu não
aguentava chorar mais porém, era a única forma de externar meus sentimentos e
todas as questões que conturbavam minha mente.
Ela me abraçou forte e notei que fez um sinal para Paul se
retirar. Rapidamente, ele saiu levando sua camisa e sapatos, sem reclamar.
Depois de alguns segundos de abraço fraternal, sentamos em dois pufs do quarto.
- O que você descobriu, Ash? – Helena perguntava demonstrando mais
preocupação do que curiosidade.
- Como você sabe que eu fui... – Não consegui terminar, a
Princesa me interrompeu.
- Fui em seu quarto assim que cheguei para me certificar de que você estivesse
dormindo e não presenciasse esse momento .... Constrangedor entre mim e Paul. –
Espertinha ela. – E você não conhece nada aqui, a não ser o Saint-Germain. Foi
só uma questão de dedução simples. – Explicou... Ela era realmente astuta.
- Se você gosta dele... Por quê não assumir? – Pensei,
talvez alto demais.
- A questão aqui não somos eu e Paul e sim sua mãe. – Disse com
cara de desconforto. – Fale, o que descobriu?
Pensei em insistir no assunto “Helena & Paul” mas, achei
melhor ela se sentir a vontade e voltar ao motivo que estávamos naquele país.
- Kendall prendeu minha mãe... Ah e Adivinhe? – Indaguei a
Princesa.
- O quê? Diga! – Agora a curiosidade era estampada em seu
olhar.
- Você é titia de um bebê lindo.... – Helena perdeu as
palavras e ficou boquiaberta com a descoberta.
Espero que tenham gostado.,....
Beijinhus....
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Beijinhusss...