ó eu aqui de volta hahahahaha
CRÉDITOS: ROBERTA LOPES (eu)
Espero que tenham gostado, estou pensando em fazer P.O.V de Jason, o que acham?
Deixe seu coment ;)
Beijinhus....
Não consegui dormir bem. Acordei sete da manhã após vários
cochilos e tentativas inúteis para adormecer, toda aquela situação com Kendall
estava me tirando a paz. Decidi ligar para mamãe afinal ela não me escrevia há
mais de 3 semanas e eu já havia ficado preocupada.
- Alô? É do Hotel Saint – Germain? – Mamãe estava em Paris
para tentar divulgar um pouco mais o lançamento de seu novo livro e me deixou o
telefone e o nome do hotel para que eu ligasse, caso eu precisasse de algo.
- Uí Madame! Gostaria de falar com alguém? – Falou me uma
moça com um carregado sotaque francês que agradava meus ouvidos.
- Sim, Senhora Amélia Broullette por favor. – Pedi. Estava
morrendo de saudades de mamãe, só de poder ouvir a voz dela já era um alívio
para mim.
- Deixe-me checar no sistema senhorita...
- Ashley! Meu nome é Ashley, sou filha dela.
- Certo senhorita Ashley, um momento – Aguardei alguns
minutos até a moça me chamar novamente durante a ligação. – Nós não temos
nenhuma Senhora Amélia Broullette hospedada aqui em Saint- Germain senhorita,
desculpe.
- Como assim? Tem certeza? Ela é minha mãe moça, disse que
estaria hospedada neste hotel... Ela é escritora.... Por favor , a senhora não
poderia conferir novamente? – Eu estava desesperada! Mamãe não faria isso
comigo, ela não iria embora sem me avisar...
- Bem senhorita, posso pedir que alguém vá checar os quartos
onde pessoas de iniciais A.B se hospedaram pois as vezes o sistema do hotel
pode falhar... Nunca se sabe. Mas tente se acalmar está bem? Ligo de volta
daqui à 10 minutos com a resposta. – Tentou me tranquilizar a moça.
- Está bem, muito obrigada. – Agradeci e em seguida, ela
desligou.
Na minha cabeça passaram-se todas as horríveis
possibilidades do que poderia estar acontecendo com minha mãe. O que lhe
motivaria a ir embora e perder a oportunidade de divulgar seu livro em Paris? E
não me informar de nada sobre sua mudança de hospedagem? Por quê ela me
abandonaria? Ela me prometeu que nunca me deixaria... Nem quando eu havia
aprontado todas na infância, ou quando ela ficava realmente chateada comigo,
mamãe jamais me abandonou... Não era do feitio dela fazer isso e nunca seria.
Eu não poderia acreditar no que estava acontecendo. “ E esses 10 minutos que
não passam?” resmunguei em voz alta.
De repente, o telefone toca.
- Sim? – Falei prontamente.
- É a Senhorita Ashley? – Disse a mesma moça que havia
falado comigo minutos atrás.
- Sou eu, conseguiu achar algo sobre minha mãe?
- Infelizmente não senhorita. Eu sinto muito... muito mesmo. – Respondeu a
moça com a voz triste.
- Não se preocupe, você fez o que pôde. Obrigada. –
Desliguei.
Eu estava extasiada de tristeza e medo. Lágrimas começaram a
rolar em meu rosto de forma compulsiva e involuntária... Não conseguia pensar
direito, me faltava ar... Tudo escureceu.
[...]
“Senhorita Ashley? Senhorita Ashley? Acorde!” – Ouvi clamores
para que eu despertasse e acordei. Era Brendam , o rapazinho que havia levado
minhas malas no primeiro dia em que pisei na mansão dos Drechsler.
Eu estava na enfermaria. Brendam aguardava que eu acordasse
e Helena estava logo atrás dele com uma expressão perturbada no rosto. Kendall
não estava lá. Não sei porque eu ainda esperava algum tipo de preocupação da
parte dele com minha vida.
- Alteza! Ela acordou! – Disse Brendam muito feliz para
Helena.
- Ah graças aos céus Ashley! Você está bem? – Perguntou
Helena.
- Acho que sim ... – Eu ainda estava meio tonta.
- Pode ir Brendam, obrigada. – Disse Helena dispensando o
menino.
- O que aconteceu comigo? – Perguntei confusa para a
princesa.
- Bem, aparentemente você desmaiou em seu quarto. Brendam
estava limpando o corredor e te avistou caída no chão chamando os guardas para
te trazerem até aqui.
- É tudo ficou escuro de repente, eu devo ter desmaiado
mesmo. – Tentei explicar.
- Mas por que você desmaiou? – Indagou-me Helena bem
curiosa. A causa de meu desmaio fez com que escorresse um lágrima no canto do
meu olho esquerdo, virei o rosto para esconder. Eu e Helena éramos amigas sim,
mas eu não estava pronta para desabafar que minha própria mãe, a quem eu amava
e admirava – e minha única família no momento – havia me abandonado sem mais
nem menos. Enxuguei a lágrima da forma mais discreta possível antes que ela
visse.
- Ah... sabe que eu não sei Helena... Minha pressão deve ter
caído, provavelmente. – Menti.
- O médico lhe examinou Ash, antes de você acordar e ele
disse que você não parecia ter problema algum de pressão baixa. – Rebateu a princesa.
- Bem, deve ter sido fome. Não comi nada hoje ainda. –
Tentei fazer com que ela engolisse essa.
- Ai meu Deus Ash! Você precisa comer, vou mandar
imediatamente alguém trazer seu almoço ok? Fique aí. – Disse Helena
extremamente preocupada com meu bem- estar. As vezes ela exagerava mas eu sabia
que era por motivos de consideração à mim. Parecia que ela havia engolido a
desculpa da fome e saiu do meu quarto na enfermaria a procura de alguém para
trazer meu almoço.
Como eu sabia que durante e depois de minha refeição Helena
tentaria arrancar o motivo de meu desmaio – A princesa era bem insistente
quando queria arrancar alguma informação. – Fui para o único lugar onde eu
tinha certeza que encontraria alguém que eu podia confiar para contar tudo. O
porão.
Desci da maca bem devagar, fiquei com medo de desmaiar
novamente. Andei lentamente até pegar o ritmo ideal para que eu saísse sem
levantar suspeitas ou entregar pistas. Atravessei o corredor da enfermaria
cheguei até o salão de esgrima – Estava vazio à esse horário. – virei e, enfim
cheguei ao porão torcendo com todas as forças para que Jason White estivesse
lá.
Abri a porta cuidadosamente, entrei e fechei logo em
seguida. O porão estava escuro como sempre.
- Jason? Você está aí? – Chamei por ele, sem resultado de
resposta. – Jason por favor, se estiver aí me responda... Preciso de um amigo. –
Meu coração palpitava de necessidade. Eu precisava dele... Estava demorando,
ele com certeza não viria. Comecei a chorar mais ainda... Com tudo que estava
acontecendo comigo, nem com Jason eu podia contar.
- Tenho que parar de encontrar você só quando está aos
prantos, Angel. – Era Jason para meu alívio.
Corri em sua direção e o abracei sem hesitar, começando a
chorar em seu peito.
Ele parecia extasiado, sem reação diante de meu abraço
repentino, depois de alguns segundos senti seus braços me envolverem correspondendo
o comprimento amigável ou, nem tão amigável assim. Jason não estava se
aproveitando de mim como Kendall sempre o fazia, ao contrário, parecia
realmente estar preocupado comigo me abraçando como um irmão consola sua irmã
mas, ao encostar meu rosto em seu peito pude ouvir as batidas de seu coração e
sua respiração ofegante, senti o calor de seu corpo me envolvendo e a rigidez
de seus músculos ao apalpar minhas costas. E seu perfume... Ah, o seu cheiro
era agradabilíssimo, não parecia ser um perfume caro mas, com um aroma fresh
muito gostoso. De repente, parei de chorar com a segurança que eu sentia quando
Jason me abraçava e então, a aproveitadora se tornou eu mesma. Não estava
pronta para soltá-lo, e nem queria que me soltasse.
Após ficarmos um bom tempo abraçados senti os braços de
Jason querendo me soltar. Simplesmente
não deixei segurando com um pouco mais de força seu corpo contra o meu,
enlaçando mais nosso abraço. Ele pareceu entender e repousou os braços
novamente, dessa vez em minha cintura se abaixando fazendo com que seu rosto ficasse
mais próximo ao meu.
- Vamos morrer a míngua assim, Angel. – Disse sussurrando em
meu rosto. Incrível como eu estava perdendo o controle da situação.
Como Jason era mais alto, levantei a cabeça suavemente
deixando meus lábios em seu pescoço, sem tocá-lo.
- Tem razão, melhor nos soltarmos. – Sussurrei expelindo meu
hálito em seu pescoço. Senti o braço de Jason se arrepiar e alisar minhas
costas.
Ele parou de me acariciar e olhou em meus olhos na pouca luz
ainda me abraçando.
- Não sei se quero te soltar Ashley... – Respondeu.
Notei sua boca com contornos perfeitos que podiam ser
avistados até mesmo no escuro e uma vontade absurda de beijá-lo se apossou de
mim naquele momento, mas não cedi. Simplesmente deitei minha cabeça em seu
peito novamente. Achei que depois dessa minha “negligência” ele fosse me soltar
mas, ele continuava afagando minhas costas. Era fantástico a ligação mental que
tínhamos. Era como se ele soubesse exatamente o que eu queria, sem que eu
precisasse pedir ou demonstrar.
Ficamos ali, abraçados. Como se nada nem ninguém pudesse nos
atingir enquanto permanecíamos juntos.

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Beijinhusss...